A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) entrou em vigor no Brasil no dia 18 de setembro de 2020 com o objetivo de proteger os dados de pessoas físicas e jurídicas, inclusive dentro dos meios digitais. As empresas tiveram um ano para adaptarem-se à lei. Por isso, o início da aplicação das multas ocorrerá em 1º de agosto de 2021 para quem burlar as regras da LGPD.
O Brasil não é o primeiro país a adotar métodos de segurança dos dados. Na verdade, o modelo brasileiro foi inspirado no regulamento europeu conhecido como GDPR (General Data Protection Regulation). A norma tem como finalidade a regulação do tratamento de dados e proteção dos usuários, evitando abusos comerciais e roubos de dados. Assim, são garantidos direitos fundamentais, como:
Com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estão previstas várias mudanças nos processos empresariais, principalmente nas agências de comunicação. Agências de publicidade, assessoriais e todos os segmentos que atuam com cadastros de dado pessoal, precisam ficar atentas e terem cuidados para manterem as atividades alinhadas ao que determina a regulamentação.
As corporações precisam rever processos internos e envolver os seus colaboradores no compromisso de proteção dos dados pessoais. Essa orientação é importante para que a empresa não seja prejudicada. É muito importante investir em treinamentos para qualificar os funcionários que lidam com informações dos clientes ou personas.
Caso o seu negócio não esteja totalmente adequado à LGPD, é importante fazer as adaptações com urgência. Lembre-se que a lei já está em vigor desde setembro do ano passado e a sua agência tem até agosto para se enquadrar às normas.
Para não ter problemas com a LGPD, a primeira coisa a fazer é entrar em contato com o setor responsável pelas adequações. O segundo passo é desenvolver um plano de mitigação de riscos relacionados ao tratamento de dados em todos os setores da empresa. As precauções o mais breve possível, a fim de evitar multas e outras sanções.
Para o mercado das agências de comunicação, incluindo a de Publicidade, é imprescindível revisar os processos, garantindo segurança no tratamento dos dados fornecidos por clientes e colaboradores. As normas permitem dosar o equilíbrio entre a liberdade do usuário, inclusive de ser receptivo à publicidade, protegendo as informações que considera confidencial.
Ao seguirem as regras previstas na LGPD, as agências possibilitam que os usuários tenham uma experiência satisfatória ao fornecerem as suas informações. Com isso, a corporação ganha maior credibilidade para que o lead sinta-se mais seguro para interagir no meio digital.
Caso algum dado do usuário seja vazado, a lei responsabiliza todos os envolvidos nos processos de coleta e uso das informações.
Para evitar problemas, aposte em um planejamento que priorize:
Por um lado, a LGPD pode dar mais credibilidade às empresas que utilizam dados para ‘capturar’ o seu lead, mas por outro, as regras muito rígidas podem ser um entrave na execução do trabalho. É o que dizem os críticos sobre as normas de proteção aos dados.
Segundo eles, ao utilizar GDPR (General Data Protection Regulation) como parâmetro, o Brasil estabeleceu regras que não se aplicam ao cenário brasileiro. Isso atrapalha o acesso aos dados e dá insegurança jurídica a quem utiliza as informações, além de dificultar o trabalho das agências de comunicação. Isso acontece porque essas empresas trabalham com conteúdo segmentado. Ou seja, é por meio das informações pessoais que a publicidade direciona os seus conteúdos para quem realmente está interessado.
Sem os dados não é possível direcionar conteúdos e anúncios. O usuário estaria exposto a qualquer produto ou serviço. Na publicidade, as informações fornecidas pelos leads são utilizadas para a criação de campanhas relevantes; descentralização regional e para atender a expectativa do usuário ao ofertar produtos e serviços de seu interesse.
Sem dúvida que a carteira de clientes de muitas agências de comunicação já foi afetada de diferentes formas. A adequação à LGPD exige driblar por meio de estratégias e criatividade, as interferências que cada cliente vai sentir. Além disso, a agências serão fontes de consultoria junto às marcas, por causa da organização direta de dados. Elas também podem auxiliar um direcionamento na implementação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, obrigatória para todas as empresas que manipulam dados no Brasil.
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